As músicas embalam momentos, marcam histórias, animam e nos emocionam. O projeto Toque... e se Toque já existe há 3 anos em mesquita e iniciou suas aulas em seis escolas do município.
A partir de uma parceria entre a Secretaria de Educação do Município com o projeto Toque... e se Toque da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, o curso de formação musical que em sua grade traz aulas de canto, flauta doce, cavaquinho, percussão e violão oferecido gratuitamente todos os sábados em dois turnos, manhã e tarde para a população, está preparando crianças, jovens e adultos para quem sabe seguirem no futuro uma carreira musical.
O projeto por um tempo foi inserido no programa Escola Aberta do município, mas como a temática do Toque... se toque é diferente da oferecida no programa Escola Aberta, já que nas férias os alunos do projeto ficavam muito tempo sem aulas canto e percussão. Após algumas conversas e pedidos, o projeto ganhou um local fixo para oferecer suas aulas. Hoje, o curso é ministrado na Escola Municipal Irena Sendler, ao lado do Tênis Clube de Mesquita.
De acordo com a regente e coordenadora do projeto Toque... e se Toque e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Maria Alice da Silva Ramos Sena, o Toque... e se Toque começou como um projeto de pesquisa da UFRJ, em alguns locais do Rio e como em Mesquita já estava sendo trabalhado o lado musical com a população, através do Coral voz e Canto Sabiá, e o projeto de pesquisa já estava chegando ao fim, foi feita uma parceria entre a Secretaria de Educação do município com a UFRJ para trazer o Toque... se Toque para a cidade, para ser um curso de formação para a população local.
Segundo a regente, já era uma vontade e um sonho, expandir o que antes era apenas um projeto de pesquisa em um curso para formação. Maria Alice sempre quis dar aulas para pessoas que não tem fácil acesso a musicalidade (ao mundo da música) e nem condições financeiras para pagar um curso desses. “Sempre sonhei com isso, gosto de música e queria passar o que eu sei e aprendi para os que não podem pagar um curso. Me sinto realizada podendo ministrar minhas aulas e ver que muito dos meus alunos que iniciaram o curso, não sabiam nada sobre música e que hoje se apresentam com o projeto Toque... e se Toque e arrancam aplausos, recebem elogios e emocionam a todos que já puderam assistir a recitais apresentados por eles”, lembra a regente.
O projeto Toque... e se Toque já existe há 3 anos em mesquita e iniciou suas aulas em seis escolas do município. Os cursos são oferecidos por professores e alunos graduados da UFRJ. A Escola Municipal Rotariano Arthur Silva foi a primeira das seis escolas, e hoje o projeto se encontra em um local fixo, no Irena Sendler, onde a equipe de profissionais vem ensinando e capacitando mais de 40 crianças e aproximadamente 30 adultos. Esses alunos já realizaram belíssimas apresentações ao longo desses 3 anos, mas segundo a regente e coordenadora do projeto, as mais emocionantes apresentações foram a do Prêmio do Programa Prefeito Amigo da Criança, pela Fundação Abrinq, na Alerj e na Câmara dos Vereadores de Mesquita.
A temática do projeto é aproximar os alunos que iniciam o curso a nossa cultura musical nacional (a Música Popular Brasileira - MPB), conclui Maria Alice. O objetivo do curso oferecido pelo projeto é aprender música e a tocar os instrumentos de percussão através da realidade mais próxima desses alunos, ouvindo os cantores de peso e tão importantes no Brasil como, por exemplo, Tom Jobim, Caetano Veloso, Braguinha, entre outros. “Não digo aos meu alunos que não seja importante saber as músicas eruditas, mas prefiro que eles aprendam a tocar e a cantar, a partir das nossas influências culturais”, afirma a coordenadora do projeto.
De acordo com Maria Alice, por enquanto, o curso esta na fase de instruir, preparar e encaminhar esses alunos para seguir uma carreira musical. O projeto a princípio não oferece certificações, mas é um plano para o futuro, dar um certificado de conclusão de curso para todos os alunos. A coordenadora disse que já tem 4 jovens (alunos) que já estão bem evoluídos e serão encaminhados a Escola de Música. “Tenho talentos aqui que se eles quiserem, eu os encaminharei com certeza as escolas profissionais de música, porque são jovens que estão preparados para alçar voos mais altos, e essa é minha finalidade, instruí-los a serem ótimos profissionais na área musical", afirma a regente.
Por jornalista Edson Vinícius
(http://www.mesquita.rj.gov.br)
